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sábado, 24 de janeiro de 2009

Agora!

Lá fora, o vento grita,e a chuva fala... cá dentro, permanece o silêncio, ainda que o bater das teclas o afastem. A cama ressente o corpo deitado sobre ela, a cabeça começa fraquejar,mas os olhos teimam em não fechar, e já é tarde, ou talvez não. A vontade em permanecer, persiste. Só mais uma palavra, só mais uma preposição,mais um determinante, mais um adjectivo, um poema, uma canção, uma história pessoal, uma relação amorosa. Só mais um... minuto... mais um sorriso rasgado por detrás do pedaço tecnológico. É bom. Cliché's ou não, o momento tende a proliferar-se, e as vontades surgem espontâneamente,com uma combinação recíproca de humor e interesse, camuflados por incertezas, ou até vergonhas, elas desaparecem, porque hoje, hoje é possível a sua dissipação.
Por fim, cairá o pano da realidade, em que de um lado está a personalidade de umas letras, e do outro, a personalidade de um corpo, de uma mente, em carne e osso. E, o quanto esta "carapaça", intimida. No tempo dos meus avós, x e y trocariam impressões, como se conhecessem desde a nascença, actualmente é tal a proximidade ao tecnológico, que para evitar situaçoes embaraçosas, a melhor solução é desviar o olhar.
Pergunto-me porque será? acredito numa solução!
E o vento não se cala...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Utopia: Rica ou Maldita?


É minha opinião, que todos nós, ou a maioria, desde pequenino(a), imaginou o seu ideal de homem ou mulher. Alguns evitam fazê-lo, outros concretizam-no constantemente, e chegam a idealizá-lo de várias formas e feitios, afirmando-o categoricamente. Pois hoje, estava eu, no meu confortável descanso, a ver televisão, quando a minha cabeça, começa a ser invadida por milhares de ideias acerca da parceira(o) ideal. A mim parece-me que existem centenas de características, que todos queremos para uma pessoal ideal, que concretize uma espécie de utopia. Mas porque não virarmo-nos para os pequenos detalhes? Se vamos criar algo utópico, vamos criá-lo na sua totalidade,sem qualquer defeito,e apenas repleto de virtudes,certo? Ora,eu acho que todas as características que inumeramos, devem ter o seu "k" de moderação. Não queremos ninguém excêntrico, penso eu. (espero não estar a discriminar ninguém). Inteligência, beleza, simpatia, honestidade, bom-humor, maturidade, persistência, digamos que todas estas virtudes,e outras mais, devem ser elas também, acompanhadas de uma certa moderação, no meu entender claro. Como é obvio qualquer pessoa, que possua o extremo de qualquer uma dessas virtudes, vai ser alvo de cobiça, possuindo aqui mais relevância a beleza e a inteligência. Mas seguindo o momento do meu dia, em que chegou tal pensamento, eu pergunto-me se algum dia irá surgir algo assim? Aliás, se é possível? Pois eu cá prefiro não criar uma Utopia, apesar do meu inconsciente me criar certas partidas, eu prefiro observar as virtudes moderadas, que apesar de mais vulgares, são para mim um valor subjectivo,mas impostergável. O meu desejo pela moderação, é tal, que apenas a minha actriz preferida de Hollywood, Keira Knightley, me faria abdicar de tal grau de virtude. E, esta ambição pela moderação das virtudes, tem uma explicação muito simples, pois a moderação acarreta menos problemas, e por consequência, traz adjacente, mais harmonia, paz, alegria, e por fim, o amor.

Dá que pensar no porquê de tanta moderação,hã?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Confiança

O ínicio de qualquer interacção entre duas pessoas,é marcado sempre,pelos olhares,pelos gestos,pelo pormenor,pelos sorrisos rasgados,por vezes,até pelos gritos,ou pelas gargalhadas. Mas é ela, a confiança, que nos faz avançar, que nos melhora, que nos faz ganhar coragem para viver,e para progredir.
Um pequeno gesto, desde o toque de mão, enquanto se toma café, um beijo subtil entre os olhares atentos, a um entre-cruzar de pernas de duas pessoas sentadas frente-a-frente. São esses os pormenores,que te fazem viver, que te fazem adorar tanto a tua vida, e cada minuto que passa, é melhor, e melhor, e melhor...
O toque de pele, o sabor dos lábios, os corpos em conflito constante, o paladar espalhado pela a anatomia dos corpos, a ternura, as emoções adjacentes,a natureza na sua plenitude. É bonito sim. Tudo porque a confiança existe, e porque sem ela, as pessoas tornam tudo muito mais difícil e inalcançável. Por isso,vive confiante em ti mesmo, e com os outros. Abre-te. Expõe-te. Magoa-te, anda aos trambolhões, dá cabeçadas na parede, porque a seguir, vais ter uma longa e bela noite pela frente. Talvez a seguir voltes a cair,talvez até permaneças de peito firme. Quem sabe... Mas confia, confia em nós, para te mostrarmos o "mundo", e se tu soubesses o quanto nós queremos que reines nesse "mundo"... Confia...

Ainda sentimos a tua timidez...

domingo, 4 de janeiro de 2009

O Clássico!


Já não há compositores assim...

Ludwig Van Beethoven,Wolfgang Amadeus Mozart, J.S. Bach, G. Verdi, Strauss, Chopin, entre outros, foram alguns dos grandes "génios" da música clássica dos séculos XVII,XVIII,XIX. Era eu pequeno, quando os meus pais me incutiram o ensino de piano, com um professor dotado de talento. Digamos que, eu estaria ligeiramente contra a minha vontade, mas fui presença assídua das suas aulas desde os meus 7 anos até talvez os meus 14 anos. E, durante todo esse tempo, não me recordo de valorizar e, pensar sequer em toda a genialidade que está por de trás de cada música que eu aprendia. Havia pautas pelas quais eu aprendia, que eram consideradas como "relíquias".

Hoje tenho 19 anos, e depois de ter visto filmes como "Espiação" e "Orgulho e Preconceito" (exemplos de grandes bandas sonoras), ganho progressivamente um grande prazer em ouvir músicas que eu próprio tocava. Músicas essas, que nos transportam para uma realidade totalmente diferente, mais calma, talvez mais romântica, com um drama sempre adjacente. Há algumas músicas, as quais procuro vezes sem conta, e não encontro, porém encontrei uma preciosidade, no filme "Espiação", composta por Beethoven, mas editada por Dario Marianelli. Ainda assim um espanto de música. Clair de Lune (do Espiação) e Dawn (do Orgulho e Preconceito) foram as que mais suscitaram a minha atenção.
Nada melhor para aproveitar e proliferar esta veia romântica, que pura poesia de um clássico e velho conhecido. (Deixando a música Clair de Lune, com a versão do "Espiação",mas do compositor Beethoven.)







DEBUSSY: CLAIR DE LUNE - PIANO - ROBIN ALCIATORE

Como no palco o actor que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,


Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.


Seja meu livro então minha eloquência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa


Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado.
Ouvir com os olhos é do amor o fado.


William Shakespeare